Head Shoulders Knees and Toes

If you are happy

Aprender pode ser divertido


Por vezes a aula acontece e, sem querer, acabamos por improvisar uma actividade lúdica e pedagógica.
Estava eu certo dia a ensinar expressões como “stand up”, “sit down”, “raise your arms”, turn around”, “jump”, “hop”… Queria testar se os meus discentes compreendiam este vocabulário. Então disse-lhes para ouvirem com atenção e para fazerem o que lhes dissesse.
Começou de forma simples. Dizia “stand up” e lá se levantavam. Depois “sit down” e sentavam-se. A certa altura, a repetição de certos movimentos gerou satisfação. Comecei a introduzir um certo ritmo, certas repetições, certas sequências e, quando dei por mim, estávamos a dançar. Só faltou a música.
“Stand up, turn around
Raise your arms, turn around
Hop, hop, jump, jump
Turn around, raise your hands and sit down

Stand up, sit down
Stand up, sit down
Stand up
Raise your arms, turn around
Raise your arms, turn around
Hop, hop, hop
Raise your arms, turn around
Jump, jump, jump
Raise your arms, turn around
Sit down”
Adoraram e pediram-me para repetirmos esta actividade. Garanto que aprenderam bem este vocabulário.
Para não ser apenas um exercício de compreensão, todos foram tendo a sua vez de vir à frente enunciar uma coreografia diferente, tendo o gosto de ver toda a turma a dançar conforme as suas instruções.

Warmer - Captar o interesse dos discentes e introduzir um tema

O elemento surpresa e o lado lúdico de uma actividade ajudam a captar a atenção dos discentes e a motivá-los.


Certa vez experimentei a técnica do puzzle. Tirei duas fotocópias de reproduções de um quadro de Monet e de outro de Van Gogh. Cortei-os e prendi-os no quadro desordenadamente. Os discentes ficaram curiosos para saber de que imagens se tratavam. Disse que iria escolher um aluno e uma aluna para ir ao quadro fazer os puzzles. Voluntários? Não faltaram mãos no ar.
 
                                               Claude Monet                                               Vincent Van Gogh


Feitos os puzzles começámos a falar sobre as imagens. Se já as conheciam, se sabiam que eram reproduções de quadros famosos, se sabiam de quem eram; e perguntei também o que faziam as pessoas presentes nas imagens e quais seriam as suas profissões. Responderam bem às questões e foi assim introduzido o tema da aula. As profissões.
 
Imagem do quadro de Monet retirada daqui.
Imagem do quadro de Van Gogh retirada daqui.

O humor é uma arma poderosa

Querido aluno, querida aluna,
Sentes-te triste? Fazem-te mal? Não sabes o que fazer?
Não tenho uma receita infalível para ti, mas algumas palavras.
Todos aqueles que procuram ofender, que riem de nós, que humilham e magoam de diversas formas, têm o seu público preferido: os que baixam os olhos, os que choram, os que demonstram o quanto se sentem mal com isso.
Não é fácil, mas há uma forma de lidar com essas situações. Muitas vezes resulta absolutamente, outras não. Mas nunca podemos deixar de tentar.
Quem mostra boa disposição, demonstra que está seguro de si. Quem está seguro de si, normalmente não é público-alvo daqueles que agridem verbalmente. Há duas coisas que ajudam muito.
Mostrar que não ficamos incomodados com certos comentários. Acreditar que eles não nos atingem. Nunca acreditar nos comentários depreciativos, mas saber que quem os faz é porque tem necessidade de se sentir grande. No fundo, os nossos agressores não estão seguros de si próprios. Também têm os seus problemas e sofrimentos.
Outra coisa muito importante é lidar com isso com humor. Responder com humor a um comentário maldoso e rir com boa disposição, faz com que os outros riam connosco em vez de se rirem de nós. Às vezes não sabemos logo o que dizer. Mas como os comentários maldosos se repetem, podemos pensar no que dizer na vez seguinte. Vou dar alguns exemplos que algumas crianças partilharam comigo. Um menino disse-me que quando o chamam “caixa de óculos” ele responde: “Eu uso os óculos, não a caixa.” Outro menino disse-me que uma vez gozaram com os seus dentes e o chamaram de vampiro. Ele respondeu: “Ya, eu sou o Edward Cullen*.” Uma piada inesperada pode salvar a situação.
É claro que há casos mais graves. Há casos em que os adultos se envolvem para ajudar e também têm muitas dificuldades em fazê-lo. Mesmo assim, procura sempre a ajuda de um adulto. Não estamos sozinhos neste mundo. Há sempre alguém que nos pode ajudar.
Recomendo auto-estima e boa disposição. Tenta não pensar muito nas mágoas, porque quem as causa pouco pensa também.
Um grande abraço para ti!

*Personagem fictícia da saga Twilight de Stephenie Meyer
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