(Carlos Drummond de Andrade)
Práticas Pedagógicas e Gestão de Conflitos
Para todos os docentes, discentes, pais, mães, encarregados de educação e todos os agentes do processo educativo que direta ou indiretamente participam na Arte de Educar.
Total Physical Response
TPR procura, na verdade, aproximar a aprendizagem de uma língua estrangeira à aprendizagem que fazemos da nossa língua materna. Desde a mais tenra infância que somos expostos à nossa língua materna, respondendo fisicamente ao discurso dos nossos pais. Durante anos vamos absorvendo a linguagem em atividades do quotidiano, nomeadamente manipulando objetos, observando acontecimentos ou seguindo instruções.
Este método apresenta ainda vantagens como tornar as aulas muito interessantes para os discentes, uma vez que se movimentam. Pode ser muito útil para alunos com dislexia ou com outras dificuldades.
Este método é extremamente eficaz em níveis de iniciação, podendo também ser aplicado em níveis mais avançados.
Um exemplo muito simples de atividades relacionadas com este método é o jogo d’ “O Rei Manda” (Simon Says). Mas são inúmeras as atividades que se servem este método.
Ao ensinar, por exemplo, os nomes das formas geométricas, e acrescentando as cores, o/a professor/a pode desenhar formas no quadro com cores diferentes, introduzindo assim o vocabulário. De seguida, instrui os/as alunos/as a fazer um desenho. Descreve as formas e as cores e toda a turma desenha de acordo com o que ouve.
Vejamos mais alguns exemplos:
Fonte
Técnica de escrita para línguas estrangeiras
Imagem retirada daqui |
Uma estratégia para ajudar a melhorar as notas numa disciplina de língua estrangeira, nomeadamente para quem apresenta diversas dificuldades a nível de vocabulário, de gramática, de interpretação e de produção de texto, é apostar na escrita.
Quem sabe escrever, percebe o que lê, consegue escrever frases para responder a perguntas de interpretação, aplica regras gramaticais e escreve textos. Assim, é muito importante desenvolver esta competência.
Quem sabe escrever, percebe o que lê, consegue escrever frases para responder a perguntas de interpretação, aplica regras gramaticais e escreve textos. Assim, é muito importante desenvolver esta competência.
Aqui fica um exemplo de como escrever, passo a passo, um texto descrevendo uma casa. Pode-se utilizar pequenos cartões para organizar vocabulário e regras gramaticais. Num cartão escreve-se nomes de tipos de casas com a sua tradução. Noutro escreve-se nomes de quartos e divisões de uma casa e, noutro ainda, os nomes de mobílias. No que respeita à gramática, elabora-se um cartão a explicar o uso do presente, outro com as preposições de lugar e um terceiro com o verbo haver (que será muito utilizado).
Das palavras passa-se às frases. Elabora-se uma tabela com tópicos na coluna esquerda e espaço para frases na coluna da direita. O primeiro tópico poderá ser o tipo de casa, seguido de que quartos e quantos destes há, a descrição de um quarto de cama e uma opinião sobre a casa.
Type of house
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What rooms and how many
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Bedroom
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Opinion about the house
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No primeiro tópico escreve-se uma frase simples dizendo de que tipo é uma determinada casa. De seguida escrevem-se algumas frases simples enumerando os quartos que lá existem e quantos são. No tópico seguinte, escrevem-se frases simples dizendo onde se encontram determinadas mobílias num quarto de cama. Finalmente, escreve-se uma frase dando uma opinião sobre a casa. Para escrever estas frases, usa-se o vocabulário que consta nos cartões, recorrendo também às explicações gramaticais.
Depois de escritas as frases, devem ser corrigidas.
Type of house
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I live in a detached house.
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What rooms and how many
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In my house there is a living room.
There is a kitchen and a bathroom.
There are three bedrooms.
There is a garden and a garage.
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Bedroom
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In my bedroom there is a bed.
There is a wardrobe next to the bed.
There is a desk in front of the bed.
There is a window and a bookcase next to the window.
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Opinion about the house
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My house is beautiful.
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Das frases passa-se ao texto. A frase que diz de que tipo de casa se trata serve como introdução e a frase de opinião é uma boa conclusão. A descrição da casa e do quarto de cama ficam no desenvolvimento. Um parágrafo para cada um destes temas. Para compor o texto basta copiar todas as frases, dando-lhe o formato de um texto com parágrafos bem delineados. Mas para ficar mesmo bom, pode-se acrescentar alguns conetores.
I live in a detached house.
In my house there is a living room. There is a kitchen and a bathroom. Besides there are three bedrooms. There is also a garden and a garage.
In my bedroom there is a bed. There is a wardrobe next to the bed and there is a desk in front of the bed. There is also a window and a bookcase next to the window.
My house is beautiful.
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Efeito Bumerangue
Fonte da Imagem |
Aprendemos muitas coisas ouvindo, vendo e passando por experiências. Aprender por imitação é uma forma eficaz de aprender. Quantas coisas não aprendemos a fazer depois de as vermos serem feitas por alguém? Quantas coisas professores e professoras exemplificam, para que os seus discentes as saibam fazer! Reparem agora nos seguintes exemplos.
O menino A vai ter com um grupo de meninos e pergunta se pode juntar-se a eles. Eles dizem que não. Vai ter com outro grupo que está a jogar, pergunta se também pode participar, mas respondem que não. Tenta novamente outro grupo, pergunta se pode ir almoçar com eles e é novamente rejeitado. Uns tempos mais tarde, o menino A está com uns amigos seus, aproxima-se um menino, pergunta se pode juntar-se a eles e o que diz o menino A? Diz que não.
O menino C mudou de escola. Não conhecia ninguém no primeiro dia. Aproximou-se de um grupo de meninos, perguntou se podia juntar-se a eles, disseram que sim, apresentaram-se e ficaram todos a conversar. Noutro dia, estavam outros meninos a jogar futebol, perguntou se podia jogar com eles e logo foi introduzido numa equipa. Quando foi almoçar, perguntou a um grupo de meninos se podia sentar-se naquela mesa, fizeram espaço e começaram a conversar com ele. O menino C fez muitos amigos. Certo dia, chega um novo menino à escola, aproxima-se do grupo do menino C, pergunta se pode juntar-se a eles e o que diz o menino C? Diz que sim, apresenta-lhe os seus amigos e começam a conversar.
O menino A disse que não e o menino C disse que sim, porque estavam a repetir o que tinham aprendido. Aprenderam por imitação.
Um bumerangue depois de atirado, volta à mão de quem o arremessou. Ensinamos muito aos outros com as nossas atitudes. Se ensinamos os outros a excluir, eles aprenderão a excluir e ensinarão outros a fazer o mesmo. Chega o dia de nós querermos participar num jogo ou numa conversa e ouvimos um não. Do mesmo modo, se ensinamos os outros a incluir, eles aprenderão, ensinarão outros, e também nós seremos incluídos.
Aquilo que atiramos, regressa à nossa mão. Que o nosso “bumerangue” seja bondoso, generoso, honesto, leal, tolerante, alegre, optimista… tudo de bom!
Docentes, tenham orgulho no vosso trabalho!
Fonte da Imagem |
“Os professores não são valorizados socialmente como merecem, não surgem nos noticiários que passam na televisão, vivem no anonimato da sala de aula, mas são os únicos que têm o poder de causar uma revolução social. Com uma das mãos, eles escrevem no quadro, com a outra, movem o mundo, pois trabalham com a maior riqueza da sociedade: a juventude. Cada aluno é um diamante que, bem lapidado, brilhará para sempre.”
CURY, Augusto, Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes, Lisboa, Editora Pergaminho SA, 2008
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